A IMORTALIDADE É A LUZ DE TODA REVELAÇÃO

sábado, 22 de junho de 2019

CARPE DIEM - ILHA DA FANTASIA

Uma pequena homenagem a um dos maiores oceanógrafos que o mundo já conheceu, o qual eu admirava muito: Jacques Yves Costeau - seu Navio Calypso.


Canto I 

A nossa expedição a Polinésia
Surgiste por vós. Oh fadas do São Francisco!
Oh tão nobre manto de águas
Dar-me agora tão nobre coragem!
Tirando de mim, a vil vaidade
Fazendo-me do eu, a magna exaltação
Brotando dos meus lábios o doce encanto
De Minas a cantar a inspiração

Cantigas populares, suaves cantos
De dedicadas e humildes lavadeiras
Que se alegram de som o velho Chico

Faz-me sair pelo mundo
Atrás de belos mares
Em busca dos prazeres

     Canto II
Com rumo certo pelos fortes mares
No navio de Cousteau
Eterno Calypso dos Mares
Viajamos rumo à polinésia Francesa

Ilha dos prazeres, mulheres lindas
Em busca de aventuras
Nas ilhas de Bora a Bora
Vamos todos, rumo a sonhada Glória

Assim começa a expedição
Rumo a tão ilustríssima ilusão
Por mares antes navegados

Eu que no peito o louvor canto
De humilde sonhador brasiliano
Sendo levado pelos mares do encanto

Canto III
Nunca vi lugar tão belo e profundo
Parecia que em Noronha estávamos
Em outro lugar, em outro mundo
De enormes praias, Ilhas divinas!
Ali Jacques Cousteau saciou os olhos
Ao olhar para praia e ver musas lindas
Saudando-nos com saias de havaianas
E os pés descalços na areia nos dando esperança

Ali passamos a noite ao luar
Em volta de fogueiras, vendo Vênus 
Nas brasileiras a encarnar

Fazendo a dança da conquista
Levando meu coração a se exaltar
Levando minha alma no prazer a saciar

        Canto IV
Ali a beira mar, onde Afrodite apareceu
Levando-nos a sonhar e a delirar
Enquanto musas dançam ao nosso arredor
Levando-nos a deliciar e com os olhos a cobiçar
As belas magias dos corpos nus
Envoltos dos tecidos de chita 
E o doce vinho, sabor de Baco
A fazer-nos alegrar e sonhar

Saem correndo pelas praias
Levando a tripulação ao delírio
Nos laços das amazonas brasileira

Fazendo todos viajarem na ilha da fantasia.
Neste instante aparece netuno
Implorando amizade e grande estima

      Canto V
Oh grandes homens dos mares!
Que querem a ilha da fantasia
Atracar o coração com o grande Calypso
Realizar todos os sonhos de mortais

Pois ao simples mortal, só cabe sonhar
Desejar o divino saciar-se com o belo
Em busca do prazer e sentir-se imortal
Pois tão finita é a vida de um homem

Saem por meus mares, 
Guiados por lindas sereias
O canto delas os levará a sorte

Com minha proteção jamais verão 
A tão cruel e tenebrosa morte
Que destrói sonhos e sorte.

     Canto VI
Por isso hoje vos reservei este banquete
Aqui nesta ilha bela de Noronha
Eros preparou com o majestoso Baco
O divino vinho, néctar do Olímpio

Restaurai as forças nestas belas ninfas
Que amanhã com os mares
Irão todos avante até o estreito de Magalhães 
Onde sereias os adorarão

Mas invés de quererem tragá-los
Como quiseram o demente Ulisses
A vós os cantos serão inofensivos

Somente a vocês exaltarão louvores
E Atenas os guiará sem fazerem guerras
O profano se encurvará aos santos

 Canto VII
Depois de sumir a aparição

Caímos na grande devassidão
Embalados pelos Eros desejos 
Da sua mãe eterna Afrodite

Logo o dia chorou seus raios
De luz clara, forte e imortal
Ao navio rumo a Ilha da Fantasia
Partimos com uma coragem fenomenal


Inspirados pelas servas de Afrodite
De Fernando de Noronha
Rejuvenescidos pelos amores


Amores de lindas jovens
Virgens servas sacerdotisas 
Que ao prazer só dão louvores



    Canto VIII
Por longos dias, afirmava Cortez
Estávamos a navegar e sonhar
Aonde está o clímax máximo 
Da nossa divina empreitada?


Enquanto eu logo reclamava
Jacques Cousteau o dedo apontava
E Albert Falcon, capitão da nau
O corpo curvado no chão rezava


Era o Estreito de Magalhães
Onde em cima de uma rocha
Sereias nuas nos contemplavam


Cantando cantos de exaltação
Assim como dizia Netuno
Na praia dos Amores de Noronha

     Canto IX


“Vem oh servos dos prazeres
A nossa ilha contemplar
Vem fazer dos nossos lábios 
Os deuses de prazeres se exaltarem!”



Um bando de Tágides sereias pudicas
Cobertas apenas com algas
Chamavam a todos para guerra
E com elas a se deliciarem


Seus cantos eram inofensivos
Mas seus corpos eram perigos
Para qualquer homem no prazer


Vir a esquecer da vida e se perder
Por isso só contemplávamos 
A divina pudora e eterna visão

            Canto X
Presos eram com os olhos
O que era as mãos negado.
No caminho para a ilha
Essa magna esplendorosa tentação


Chegamos a Ilha da Fantasia
A sonhadas Ilhas de Bora a Bora
Lendária Polinésia Francesa
Ilha de amores e de suprema beleza




Belas jovens nativas das ilhas
Com suas fantasias festivas vieram nos receber
Com colares de conchas marinhas


Fez nossos olhos a luz acender
De repente ouve se um som de Trombeta
Era um jovem tirando o som de uma concha

     Canto XI
Jacques Cousteau mal podia conter a emoção
E Cortez a deliciar com os olhos o prazer da beleza
Pronunciam saudações a todas as anfitrioas
Mal podiam falar devido o encontro de culturas


Ali naquelas Divinas e celestes terras 
Baco, Eros e Vênus já haviam escrito o caminho
De homens Brasileiros e Franceses alcançarem
A perfeição do mortal e divino humanismo 


Aquele belo mar pintado por plânctons 
Verdes, azuis águas claras e fortalezas
De corais raros e peixes de vis grandezas


O bom mensageiro Hermes dos Deuses
Já havia traçado de antecedência
O nosso divinal belo caminho 


          Canto XII


Nestas magníficas ilhas
Ate os mortos, morrem de desejos
Fomos levados no alto de uma montanha
Revestida por uma bela mata




La os nativos são sepultados
Seus corpos depois de embalsamados
E seus espíritos imortalizados
Levados rumo à mata, sepultados na montanha


La a noite começa o ritual
Dez jovens virgens belas
Nuas envoltas dos mortos


Começam a dar louvores
Para que eles partam desta vida
Ainda sentindo o gosto dos amores


         Canto XIII
Gosto dos prazeres deste mundo
Levam na memória além túmulo
Em meio à luz da fogueira
Danças, nudez e tambores


E do alto soa uma trombeta
É o soar triste de uma ostra
Com um furo na ponta
Serve de instrumento de sopro


Enquanto no outro cemitério
Talvez de influência Europeia
Pessoas velam os seus mortos


Em humilde cabana, simples capela
E no final enterram os mortos no quintal
Ali em volta há nativas lindas tatuadas


          Canto XIV
Mostram-nos estátuas cultivadas
Todas espalhadas vigiam as matas
Consagrando seus construtores
Espalham histórias nas matas


E saudades no eterno tempo
Fazendo-nos deliciar cada momento
Nesta hora nasce na ilha uma criança
Batizam - na de Calypso


Em homenagem ao grande navio
Do grande oceanógrafo Cousteau
Todos ficam maravilhados


Com tamanha e gentil hospitalidade
Ali sobre os montes de sambaquis
Põe-se Cortez a buscar o firmamento

          Canto XV
Do azul do céu e do mar
Mulheres a nadarem entre os corais
Algumas carregam nas tatuagens
Suas histórias, vida e religião


Mostrando nos seus mais íntimos desejos
Escritos com tintas em teus corpos
Enquanto lêem o livro dos mortos
Como se quisessem de nós homens


A alma fazer descansar
E após uma noite de prazer

Na montanha dos mortos
Fazer nos amanhecer
Preparando nossos caminhos
Que nem Hermes guiaria no hades igual


          Canto XVI

À noite Baco descia 
E em todos os homens
No vinho e nos amores
Incorporavam caçadores

A procura de suas corças divinas
Como as filhas de Tétis 
Consolavam na fria rocha Prometeu
Ali perto das rochas na noite

Espantávamos o pobre Orfeu
Clamávamos a Afrodite
E como Odisseu com a Ninfa Calypso

Não víamos o tempo passar
Não importava se o sol intrometido
Iria a pouco no céu a desperta

            Canto XVII


Queríamos apenas aquele banquete saboroso
Mulheres vestidas com diversos tipos de frutas
Cobertas de sabores e de flores
Algumas se deitavam nas mesas


Entornando no corpo mel e vinho
Atiçavam com um olhar prostituto
Que fez gelar até o corajoso Capitão
Não tinha como resistir essa devassidão


Pecado era sim, não poder pegar
Se somente aos olhos se deliciar
Cobiçar, desejar e tocar 


Mas se não poder se deliciar
De nada vale tamanha tentação
De longe, torna-se ilusão



           Canto XVIII


A melhor forma de poder
De tamanha tentação livrar
É só mesmo caindo nela
Assim amansando as feras


E a Zeus tentar enganar
E dormir com Hera
Quem ele não soube cuidar
Deixando-a mal amada


Aos homens na terra a castigarem
Por isso a melhor coisa a fazer
Segundo as ordens do Capitão


É fazer como fez Cortez.
Que este se encontra caído e amarrado
No amor da tortuosa prisão

             Canto XIX


Ilhas divinas dos prazeres
Dos mais sábios amores
Desperta nos homens calores
De paixão abrasadora


Oh terras gloriosas!
Bom estar aqui e sentir a vida
Nesta ilha da fantasia
Não quero mais despertar pro mundo




Quero mais neste fruto
Poder ter a máquina do mundo
E dominar e ser senhor

Rei dessa eterna Ítaca
Das filhas de Tétis
Reinar, e ser reinado


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